História Social das Mulheres e o Bordado

A História do Bordado pode ser discutida abordando-se inicialmente através da leitura da mitologia grega. O surgimento do bordado como registro histórico através de sua utilização para representação de mapas mitológicos de tesouro dão as primeiras versões de sua utilidade.
Mais que uma peça de proteção para a sobrevivência humana esta história pode ser reconhecida nas narrativas dos povos ibéricos através da História do Bordado da Madeira, a ilha portuguesa que alcançou destaque com sua participação na Feira Universal de Paris em 1858.
Algumas considerações históricas estão em obras de autores como José Murilo de Amaral em sua produção “ Ponto e Bordado” falando muito mais que do o artesanato principalmente da relações da sociedade por detrás dos panos.Numa abordagem mais regional inserindo essa proposta de pesquisa no contexto espacial Valdelice Carneiro Girão apresenta Rendas e Bordados do Ceará com a intenção de se aprofundar na produção histórica e cultural do artesanato cearense.
A luta pela resistência de grupos sociais para a preservação da memória e identidade através de cooperativas de trabalhos artesanais produtoras de bordados por imigrantes da madeira que implantaram com seus costumes são visto por Gisela Kodja no trabalho intitulado Bordadeiras do Morro de São Bento: memória trabalho e identidade.
E finalmente os Bordados de Itapajé sob duas óticas a da Moda e Economia Rural com análise diversificadas sobre a produção do bordado, Fco.Madson Gomes de Oliveira, designer e estilista e Araguacy Paiixão Almeida de Filguiras, professor de agronomia fornecem ricas fontes de observação que dão embasamento para construção de novas narrativas históricas.

Registros Históricas da Produção Artesanal

.• Maquinário
Várias profissões autônomas surgem em prol de uma atividade comunitária: a arte de bordar. A máquinas de costura após inventada despertou interesse de uma clientela específica : as donas de casa que procuraram cursos profissionalizantes em corte costura para agilizaram a produção doméstica.
A crescente modernização e os avanços tecnológicos possibilitaram a superação de um modelo atrás do outro vindo a surgir uma crescente de modelos de móveis acoplados com máquinas. Os conseqüentes problemas com aparelho acabaram por gerar o “ concerto de máquinas” e as casas de revenda de máquinas usadas e peças para este tipo de equipamento. A industrialização do processo artesanal começou a requerer mecânicos especializados para máquinas.

• Casas de Tecidos e Aviamentos
O corredor cultural que envolve a produção do bordado no centro da cidade envolvem vários comerciantes que vivem em função do artesanato local com o fornecimento da matéria-prima para a produção do artesanato. As ruas paralelas do comércio estão entre o largo major João Ribeiro e a Praça Santos Dumont local em se situa o Galpão dos Feirantes. A Rua Travessa Augusto de Castro paralela a rua Felipe Sampaio e a Rua Major Joaquim Alexandre cruzando com a Praça Major Ricardo Carneiro.

O Bordado Regional pelos artesãos de Itapajé

A clássica arte de bordar aportou em nossa serrania pela tradição dos imigrantes colonizadores de nossas terras: os portugueses. As mulheres burguesas trouxeram em suas bagagens a tradição que expandiu-se e veio a ser um hábito de cada lar itapajeense.

Colorir desenhos aplicando pontos para dar vivacidade aos tecidos, desde muito cedo despertava a sensação sagrada da perfeição. Ponto pos ponto com agulhadas cheias e seguras em mãos habilidosas de artesãs por recompensarem seus esforços na brancura lisa de trabalhos manuais, lindos motivos prontos para o uso, no lar familiar.

Capricho e dedicação acompanhados de uma arte que assim como as histórias que se repassa a alguém a quem deseja com prazer ensinar para que seja um dom repassado de geração a geração. Qual valoroso saber preencher em pedacinhos de panos flores de diversos tons nua sincronia angelical e fazer de uma peça de tecido testemunho de tantas histórias.

Histórias alegres entre as quais estão lindíssimos talheres... Notáveis sobre as quais se depositam valiosíssimos livros...Sagradas sobre a fé de um povo... Comuns e de amor que embrulham sonhos. A força da mulher , em especial das bordadeiras bastante preocupadas com o lar a fizeram confeccionar trabalhos fortíssimos. Artes do dia a dia, artesanato.

Bordando o desenho modelavam o caráter de jovens trabalhavam em história de vida no desenvolvimento das aptidões naturais entre as prosas, um pouco de experiência de vida. A trajetória do ofício de bordar por ter passado por tantos períodos resistiu.

Esta habilidade ganhou autonomia e fez homens e mulheres crescerem conscientes, agora, lutando para preservar a tradição e consolidar os laços estabelecendo referências.